Thursday, December 21, 2006

prenda de natal III


Deveria ser magnânima e maior! Deveria ter-me esforçado mais!
Espero que tenha sido o suficiente para poder ser "sentida" por alguém!

Prometi cachecóis... faltei à promessa - só fiz 4...
mas tentei...
Desculpem...
...ando a aprender a errar cada vez melhor...

Thursday, December 14, 2006

prenda de Natal II

B: Então M? Perdeste o teu telemóvel!!
M: Eu?! Perdi? Ai Sim? Ainda não dei falta dele! Obrigada por me avisares!!!
B: ouve: há alguém que te ligou e atendeu a funcionária da padaria! Vai lá e fala com a A**
M: ok... obrigada! Vou tratar disso “anjinho Colorido”!


M: Olé! Já tenho o meu telelé! Posso ligar-te mais tarde?
A**: vamos hoje ao Porto e pensamos em irmos tomar um café contigo, aí, em terras de Santa Maria!
M: Venham, Venham... que hei-de arranjar um tempinho!



(e assim nascem apegos aquecidos ao Natal que está a chegar)
(Obrigada...)

Wednesday, December 13, 2006

prenda de Natal

E sozinho estava o “amor” que vive e morre, como bolbo de flor ingénua, que de auto-suficiente se torna consciente da ideia de outro querer “amar”.
Que agarrado a amarras cor de sangue, estanque a laços sublimes e eternos, se vai aventurar em construções que já deseja, em seguimento da moral cultural e ética de que se formou!
E cria novos ninhos e destes brotarão sementes para todos os crentes de que o “amor” poderá durar.
E este é o caminho exemplo que entre muitos que vais caminhando, ensinas a pranto, para que outros possam imitar.

A sina agora tu constróis!
E não esqueças nem adormeças! acautela-te pois o bolbo seca e morre!

*Agradece e mantém a força;
*Rega e acarinha a face gémea;
*Alimenta a conjectura da não-rotina;
*Ferve em lume brando para que a chama se não apague;
*Afaga a alma que te carrega e se entrega nos teus braços (a sorrir ou a chorar)!

Tuesday, November 28, 2006

Permissão











Para falar abertamente
Do que vai na mente
Do que doí
Do que me faz crente.

Do coração, da alma
Mas para ser ouvida
Sem saída
Ou esquiva preguiça
Do depois e do amanhã
Sem outra premissa
Que não seja sentida
Com o coração!

Amanhã estará
Como sempre
O sol que brilha
Quer chova
Ou troveje
Quer eu cante
E talvez espante
O que por dentro
Me rasgue
Ou me coza!

Hoje é dia de festa!
Amanhã é dia de festa!
E depois...
Quem sabe
Nada me impeça
De continuar a festejar!

A noite é tua
De quem por afecto,
Curiosidade ou
Por mau jeito aqui veio parar!
E nela reina,
Coroada de estrelas infinito,
Véu azul modéstia
A senhora dos Encantos
Que dela é cheia e farta
De sonhos.
Dos teus
Dos meus
Dos de todos nós!
















Permissão
Para que não esqueças
Que o sonho é grande
Mas não
(necessariamente)
Solitário.

Friday, November 24, 2006

as fábulas da flores verde

Quem me dera ser outra vez pequenina... (isto dito bem de cima dos meus 155cm, sapato raso)...
Quem me dera andar outra vez à espera que a minha irmã atirasse valentinas do cimo da árvore grandiosamente pequena, por questão, mas que eu tinha medo de trepar.

Ter medo da trovoada mas ser princesa que enfrentava os monstros do seu quarto, enfiando-se bem, bem no fundo das mantas, e respirar com jeitinho para que eles não vissem as mantas mexer...

Subir à mãos do meu pai e bem equilibrada tocar no tecto (que por sorte não era direito dos pés, logo bem raso e curto das pernas...)

Não ver quinhentos e vinte e oito mil canais de televisão mas dava a floresta verde com um personagem que também se chamava Mara...
é bom ver na floresta o sol nascer, é bom imaginar o que vai acontecer...

quem me dera esquecer cicatrizes amargas de coração e lembrar só daquelas que já passadas não passavam de “arranhão”.

Wednesday, November 15, 2006

quando choramos e não sabemos dizer porquê

Somos marionetas, em mãos alheias a todos os nossos "dóis". Ainda bem que eles existem para nos ajudar, quando as maleitas nos fazem fracos e pequenos.

fotografia: Oscar Maia
"sonha grande, pois se acontecer algo que te impeça de realizar o objectivo que ambicionas, com certeza, já muito cresceste e realizáste nos entretantos. Se sonhas pequeno, corres o risco de não chegar a lado nenhum"

Neste momento, sonhar?! É ficar curada!

Tuesday, September 19, 2006

Parabens Mularaiders

Sabem o que é melhor que o sol a aquecer a cara numa esplanada qualquer?
Ou melhor que mousse de queijo com compota de ameixa (cereja de um bolo servido a 14 em volta de uma mesa a cantarem / desafinarem uma cantiga de “parabéns”?
Ou que uma troca de bolas nos matercos, alí... bem pertinho! Misturado com karts e booling?

Sabem?
É um dia lembrar que bem junto ao carro, já tomando rumo a casa, um par de assobios e rapidamente temos um bando de “gajos” lindos ao nosso redor, a fazer peito ao marmanjo que se esperava conversa a dois, sai-lhe uma matilha de lobos que ai dele se pia mais alto...
É pensar que me senti tremendamente triste... porque devido a andar a anti-depressivos como o comboio andava a carvão, estar mais ausente e descobrir que fazem proezas de 100kms e eu... raios partam... não estive lá para os apoiar! (mas prometo que vos hei-de compensar!)
É saber que eles andam felizes! E ver que a felicidade, como em tudo na vida, trás dores: de rabo – de pés – de braços - ... do corpo todo – mas é a felicidade, companheirismo e cumplicidade que lhes corre nas veia e alimenta a alma.

Estes são os Mularaiders!
Parabéns aos meus Amigos!!

Tuesday, September 05, 2006

perspectivas


Já experimentaram a sensação de ouvir a Vossa voz gravada?
E compararem a Vossa foto com o Vosso reflexo num espelho?

Como tudo muda... como a Lua é tão grande e mesmo assim não deixa de ser a ténue luz que nos faz uma sombra! Como não deixa de ser um conjunto de pequenas manchas de claro escuro!

Já experimentaram ver fotografias, principalmente de rostos, viradas de pernas para o ar?

E já tentaram desenhar sem olhar para o papel? Ou mesmo escrever? E cantar de trás para a frente?
E andar de olhos vendados? Pernas atadas como se fossem uma só? Os destros a “trabalhar” com a esquerda e os canhotos a tentarem ser destros!

Já tentaram ver o lado positivo no mais negro dos cenários?
Já lá o dizia Nietzsche... "a destruição é construtiva"!
(provavelmente depois de ter assassinado "Deus " e de este lhe pagar na mesma moeda)

Monday, June 12, 2006

proibido a pessoas mal-educadas

Toda a Gente me dá na cabeça!!!
... queixam-se que sou muito "certinha"...
... sempre pelas regras...
... demasiado organizada...





Sabem que mais?
SIM!

... é talvez por isso odeio tanto coisas como:
"desliguem telemóveis"
"depositem o lixo nos locais apropriados"
"silêncio apartir das 23h"
"mantenha a casa de banho limpa"
"não permanecer neste local"
"manter a porta fechada"
"proibido o uso de flash"
... porque parece que são só para mim!!!

Thursday, June 01, 2006

Dia da Criança


alguém se lembra?
evangelion fascinante!
south park traduzido em brasuca a ouvir coisas como "vaginal" e "mataram o Kenny"
eatman sedutor...
ranma1/2 ria até cair para o lado!!!
blue seed místico!
aika que os meninos adddoooooorrrrrammmmm!!!
ah! my Goddess outro cheio de "Gajas Boas" ...
akira apocalíptico
pet shop of horrors imagética sombria... tal como as histórias que eram reflexo de nós mesmos - humanos!
silent mobius "Gaia" mais uma vez " o ventre" defendido na pele das "agentes do sobrenatural"
oh! super-milk chan simpatia colorida!

esta criança não mais se esquecerá da Locomotion...

Monday, May 29, 2006

Não venho só neste regresso a casa... há demasiado trânsito estando mais dividida que focada... mas... mesmo que quisesse... não conseguiria!
Trago... no corpo: o cansaço!
Trago... na alma: o acrescentado (como se fossem andas!!) de mais umas horas de história que agora minha, é com certeza nossa.
Trago... o cheiro que não há duche que apague...
O sorriso que despertaste...
O relaxamento que só o arquétipo de idílio pode dar...

Fizemos o zapping que o teu computador permite, jantámos (o teu arroz de legumes favorito enquanto eu assisto e insisto com nouvelle cuisine trabalhosas e repenicadas!!!), despimos, curtimos, gozámos, e contámos as piadas que de costume nos apeteceu!

Estamos molhados, cansados, mas não desgrudamos, travessos, nem para recuperar a respiração que em conjunto tentamos relaxar!
Em conjunto... comemos donuts e morangos que foste lavar!!!
São as pernas, os braços, os lábios, a pele e os pêlos que nos unem e continuam imunes ao tempo que passa e me faz pensar que tudo o que é bom tem de ser contido para que não perca valor!

Cheguei a casa! Mas bastaria dizer: saí da tua casa - é suficiente!
Só significa que estou de novo cá fora, no resto do mundo, “não mais” no ninho, no colo...

[Ando a tentar escrever este texto há já alguns dias... não é só agenda preenchida, cansaço, stress...- é falta de vocabulário! É o não saber como dizer-te o que o coração, a pele e a alma sentem, mas o que a boca (trôpega) torna mudo,... e a mão não escreve...]
(Sotam... Quero fazer loop! e afinal, como costumas dizer "ninguém teima sozinho"...)

Saturday, May 20, 2006

Romantiquices 3 (o meu humilde contributo à Tatoia)

(desculpem... era para receber uns improvements... mas... eu ando sem tempo... Desculpem...) ( aha... vejam os links!!! demoram a abrir, mas... aha... e as colunas!!!)


"Não vou inventar uma história de encantar! Até porque os leitores serão sapos e não príncipes... mas vou escrever! Pelo prazer de tentar!

Por certo a moçoila se esforçou, mas de sapato em sapato, de nenhum cheiro gostou... Mudou-se para os perfumes... continua a desilusão: mulher é o que não falta, mas nada de garanhão!
Passa pela bilheteira do cinema tenta a sua sorte! Mas o raio do frangote, armado em galo de grande porte, ainda quer cobrar a regalia de ter como companhia a donzela e o pacote (de pipocas!!!)
Mas a caminhada exaustiva não termina ao "pé da praia": a brilhar atrás de um caixa do hiper-super-dupper-auh-auh-mercado-xpto está um ele: Apolo...

Não resiste a pobre mente!
Apressada, compra uns Donuts só para passar e ver as mãos... nada de brilhantes argolas... aha que eu já te faço o laço – pensamento enrolado num longo e arquejante suspiro! Espera de mansinho, junto a um canto... que sorte a lua estar bonita e ele trabalhar no turno da noite!!!
Chegada a hora do fecho, dirige-se à porta dos funcionários.
O Galante dá à costa!
Esparramada no tapete da entrada, espevita o decote e entorna-lhe (sei lá... polpa de tomate... será que mancha?)!
“ais” e “ois” é de fartura e “Gajo que é Gajo”, não deixa uma donzela assim naqueles desplantes.
H. Oh menina que precisa?! – M. Ai que me partiu o salto!
H. mas está molhada a sua blusa! - M. Ai!!!! Será que me pode ajudar?!

E conversa puxa conversa enquanto se seca blusa naquelas máquinas dos lavabos ,
M. e que tal pagar-te uma cerveja? Claro... isso se nada tiveres que fazer... oh agora que penso nisso... é claro que terás! Sou uma tonta! Mas gostaria muito de agradecer a ajuda!
(Agora uma confidência: eu já tou a ver estes dois de barriguinha forrada a papas de sarrabulho e boa cervejola, embrulhados no banco de trás de uma carripana qualquer, com um penhasco, bem em frente! Deixa lá... muitos filme de categoria duvidosa) H. Com todo o prazer! Por acaso não tenho nada para fazer (sim... lá nos filmes , estas coisas não são sempre “acaso”?!!!) M. então vamos! Conheço um barzinho animado bem aqui perto, onde por acaso (sim... por acaso!!!) trabalham lá umas amigas (já tão a pensar que o meu personagem feminino é bailarina de poste, não? Nada disso!!! Passou-me pela ideia... sim. Mas... nada disso!)

O salão de chá é assim... como dizer... peculiar! Uma salada russa que mistura o rústico com o "clean", a madeira rude com o aço e inox escovados, a bossa nova jazzista com o lenço do namoro tradicional do Minho...

G. boa noite. Vão desejar alguma coisa? M. chouriço assado e uma cerveja... tango! É melhor ser tango! H. bem... eu não conheço a casa! Recomendas alguma coisa em especial? M. para ti? Hummm bem... umas moelas bem picantes ou se preferires algo mais leve, talvez uns pimentos... ai... daqueles das Tapas espanholas... ai... não me lembro! aqueles... sáo verdes e salgados... (não me lembro mesmo do nome, mas são bons!!!) H. então venha dos dois! G. concerteza!

A música rola, o álcool destrava ambas as línguas que há muito só “cantam ao desafio” no atrevimento tipicamente feminino do estilo “tás a ver a tablete de chocolate, tás? Mas só te dou um cubo... tens que te esforçar e vir buscar o resto”...
Acabam a dançar aos ritmos aconchegados... nada de demasiadas extravagâncias mas o tempo passa e o bar quer dar-lhes um chute no rabo!!

M. bem... e se fossemos até à Miranda? (ahaha não façam demasiadas perguntas... a Miranda... bem... a Miranda é uma ponte! Ou um miradouro! Um farol!!! É isso!!! Um farol! E tem uma vista boa...)
H. claro. Mas... não tens que ir embora?
M. Não posso conduzir neste estado...
H. vamos!

Lá está uma algazarra imensa! É o aniversário (XX) do Farol Miranda! Há um pouco de tudo! Aviões... carroceis... carrinhos de choque!!!
Aha... e aí vão eles! Primeiro, os dois no mesmo carro, mas a vontade de se mostrar bom condutor e ela de se fazer inteligente, vai cada um para o seu! Brummmm pra’qui, brumm pra’li, e risada garantida!

As fichas acabam e salta-se então para os “cavalos” (aquele em que se aposta num cavalo... é uma geringonça estranha!)
Ela ganhou – ele não gostou! Ai... que não é por aí!!!
M. vamos para os tiros! (coisa de gajos... ele assim ganha - pensou ela) H. vamos lá!
E assim ele lá ganhou um peluche ridículo (ele que até nem gosta de nada disso) mas como a intenção era boa, ela ajeita mais uma vez o decote...

Mais uma cerveja para molhar o bico e toca a fazer o caminho de casa... o tempo esgota-se... mas... há um chafariz pelo caminho! (Já estão a ver o filme, né?)
M. ai que tou cansada. H. Tá bem, sentamos aqui.
"Sapisco" mais "sapisco" já é molhado e nem o frescote da noite aperta o decote! E depois da Miss T-shirt Molhada com o Rei da Calça Desbotada já no “chega-te para aqui” dito no neon que brilha na testa, mas ainda não canta na boca... bem que chega os agentes das autoridades!
Aha pois é... atentado ao pudor público!!! E "ala que tens pernas" e ele conhece um beco bem ali juntinho!

Coração a palpitar (é pelos mamilos duros e proeminentes, é pela correria de quem tem ”Sedentário” como nome do meio, é pelo calor de dois corpos molhados colados e arfantes)...
Passa o perigo e é hora de baixar à terra...

A vida é mais que as venturas de um “agora e já”.. e os corpos afastam-se... é chegada a hora de ir!
M. H. Se se voltaram a ver?
Ele trabalhará amanhã no mesmo caixa... ela já sabe como o fazer pagar a cerveja...
Ele pode não ter vontade de a rever... mas, um dia que seja, lembrar-se-á de uma doida que quase que o ponha na cadeia!!!"

the end...
(este link é novo... e não cola lá muito bem... deveria ser o "lost in translation"... mas é o que se arranjou com piada dentro do que me apeteceu!!!)

Saturday, May 13, 2006

a religião do eu

A fé é uma coisa estranha... “tenho fé que correrá tudo pelo melhor” parece uma despedida antecipada sempre crédula na incerteza de o ser! Um futuro carregado de ansiedade e dado como sólido e eminente. E porquê isto de acreditar no “quase”?

Os especialistas alegam existir uma zona da nossa massa encefálica predisposta à “fé” , bem no sentido mais religioso da questão: o acreditar em Deus(es) – Entidade(s) Superior(es) – Energia - ... (naquilo que quanto mais se refuta menos provado ou contrariado está) – (equilíbrio perfeito - a força da inércia e da gravidade alinhadas!)... todo não passa de um conjunto de “truques químicos” tipo enzimas (que é uma palavra muito gira!!!) que no fundo nos fazem (supostamente) ficar em “extase”, “atingir o Nirvana”, ou o que quiserem chamar a essa sensação no mínimo peculiar!Então... a fonte de fé, a origem: somos nós!!!

Bem!!! Isto é um oceano de responsabilidades!! Nada de psicologias, de sociologias, históricas, economias, políticas, (e afins) ... nada poderei explicar à luz destas disciplinas pois merecem-me todo o respeito (bem... talvez não as politiquices!) ... na verdade... nada tenho de novo ou inovador a revelar sobre esta religião. Cada um constroi a sua! Com mais ou menos introspecções!

No que vou observando é um arco-íris de contrastes.
Há quem tenha como muito sagrado o “não invocarás o Santo Nome de Deus em vão”e um “Ai Jesus” é resposta a toda a notícia.
Há quem bata no peito, sem pensar que é no “peito” da moça ao lado! É mesmo por consciência!
Há quem chore. Há quem ria. Há quem não fale. Há quem cante!
Há quem arraste montanhas... pois o cansaço que trazem nas pernas e nos pés será com certeza equivalente!

O crente é um ser superior! É um iluminado! Pois esse parece saber agradecer o que a vida lhe deu de bom, não se deixando desacreditar que pode sempre ser melhor!

O seu destino está traçado!


Friday, May 12, 2006

Imaginarius (VI edição)



pois é...
já um novo Imaginarius...

Vou lá estar todas as noites! Apareçam!
(e espero que haja sangria!!!)

informações: link no título

Wednesday, May 03, 2006

Gostava de te contar um segredo...


...
É que as verdades são sempre pelo meio!
O passado não volta, mas não vivas na revolta de o tentar mudar!
O vento é força para mudança, mas é a mim e a ti que cansa a mania ou a vontade de querer mudar!

Gostava de ser bruxa de condão para curar o meu e o teu coração!

A verdade, e deste não faço segredo... tou com saudades tuas...

Thursday, April 27, 2006

é preferível ser piqueno!!!


É dificil, compreendo...
Tudo tem um princípio e um fim, certo?
O resto é o meio – seja cheio ou vazio que pode ser copo... ou vida!
Será com certeza licor tinto denso de sanguínea.
Nada para dizer... o mesmo “ramm ramm” de todos os dias...

Abrimos os olhos na mesma posição em que os fechamos... tolhidos num acanhamento roscado em si mesmo... em nós mesmos!
Buscamos sonhos onde expiar decências impróprias a valores que nos são alheios (afinal: e não o serão todos?!!! Que nos falte o “pão nosso de cada dia” que não há moral que nos valha!!!)
A rotina repenicada a rituais variados... no trabalho ou nas férias ou no hobbie ou na leitura ou na amargura do que “o que é demais é moléstia” que todos os dias a mesma receita enjoamos a prenda e queremos é mais do resto!!!

Uns insatisfeitos nós!!! (eu!!) e não me venham com as cantigas do “quem somos/ de onde vimos/ para onde vamos” porque respostas são mais que muitas, e só basta procurar em qualquer esquina! São para todos os gostos e gastos; para quem tem tempo ou para quem já vislumbra o apocalipse; para os condenados à nascença ou a viver para conquistar a redenção; são para os de berço de ouro ou para que o ouro lhes sirva de berço; fantasias de felicidade ou felicitados por congratulações e protocolos hoteleiros que mesmo que do mais rasca que seja já tem importância;
Andamos... arrastados nos carris que já riscaram e nós riscamos... nem sempre arriscando e aliás é coisa que fazemos cada vez menos! É pela segurança do que já realizamos, pela preguiça, pelas dores de crescimento (ainda mais agora que ataca artrite mental – cabeça de alho chocho, é o que é!!!)...
Pelo "raios que nos partam" que nos vamos enganando com o nevoeiro das responsabilidades e esquecemo-nos de libertar o pequenote que pulsa na encruzilhada das nossas veias!

(e eu a dar-lhe com a mania de falar por todos... com a mania de tentar que mais alguém pense assim... com a ingenuidade de pensar que posso ser igual... estar assim... no meio/ misturada/ com... a maralha!!!)

Sunday, April 23, 2006

porque é o Dia do Livro


Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive!

"ODE" Ricardo Reis

Friday, April 07, 2006

Euzinha



no trabalho
Sou mandona, simpática e teimosamente responsável...
Esquecida e de recadinhos por tudo quanto é canto por escrevinhar...

Sou bombeiro de Sábado a Domingo... e nem pingo de esquiva falcatrua para fugir com o rabo à seringa... pois é... o que tem de ser, será e com força...
Sou cautelosa mas distraída...
Preguiçosa mas deixo sempre tudo pronto...
Dou a cara e a careta...
...o corpo ao suor e a vertigens de andaime...
...e o resto é treta!
Sou pau para toda a colher – colar autocolantes dê por onde der...

em casa
Sou refilona e teimosa.
Tia chata e carinhosa.
Filha ausente que faz de pai e mãe mais presente que eles os dois juntos!
Sou esquiva, no espaço que de meu já tão pouco tem e que quando vago, lá me escondo... pelo menos para dormir!
Sou a teimosa, recta e orgulhosa que serve de pilar para dar a última palavra a todo o assunto de solução discutível.
Sou respeitada... (e tristemente... “candeia que vai à frente ilumina duas vezes” mas vai sozinha... e ninguém avisou!)
Sou maníaca por limpezas (quando as faço) e adoro cocktails explosivos com lixívia!
Sou filha de uma heroina de tempo moderno que a Marvel ainda não descobriu!
Sou filha de um homem que de tudo o que lhe possa eu acusar, não lhe posso chamar de malandro!
Sou irmã mais nova... que parece a mais velha! Mas feliz por a ter de volta!
Sou tia! E espero estar a fazer bem o meu papel!
Sou jerico de carga a um Sarrapicho de seis anos que desde que se segura de pé me sobe ao lombo para cavalgar!
Sou sonâmbula que vai para o duche de caneca de café em riste, a bebericar!

na faculdade
Sou desertora que não admite (ainda) pensar em voltar...
Sou o Erro, orto e gráfico, que tem, por consciência, a mania das batalhas éticas... em detrimento das batalhas estéticas.
Talvez um dia... quando voltar a pegar no lápis sem medos e sem castrações erradas que me impedem de tentar fazer um risco...
Quando voltar a acreditar...
(que cobarde fui... e sou...)

lá fora
Sou apressada...
Tímida e acanhada...
Tenho péssimo sentido de orientação, mas adoro perder-me (talvez me encontre)!
Cabisbaixa mas de sorriso fácil corado e com Parkinson...
Sou mulher que parece cachopa... só não pedem o BI à porta do bar porque me vem chegar a conduzir!!!
Sou leitora que entre fumaças aromáticas engole letras de uma página qualquer, de um qualquer livro!

com os Amigos
Sou o Gajo Gay! E com tooooddddddooo o Orgulho!
Sou a Mula que para ser Raider deixou a bicicleta em casa!
Sou a pequenita que cabe debaixo do braço de alguns...
Sou a filosofa que (segundo eles) lê o dicionário antes de dormir!
Aha... sou a Comuna, mesmo não bebendo do mesmo
cálice da referida ideologia!
Sou a Mara Marusca perfeccionista do princípio ao fim!
Companheira de alegrias e amarguras!
Sou a chata que tem a mania de fazer de “advogada do Diabo”.
Sou o “cromo” que se dá sempre ao trabalho da organização
de uma treta qualquer (mesmo que ninguém tenha pedido)!
Demasiado centrada em seguir as linhas rectas!
Ou as tortas... mas segui-las... dêem lá onde derem!

com Ele...
Sou exigente consciente que não peço nada que não dê.
... ou pelo menos... é assim que tento!!!

aqui
Sou mnica ;*...
Uma máscara do que sou e do que gostaria de ser...

Monday, April 03, 2006

III Hoje não há aliterações, metáforas, metamorfoses ou analogias.

Revista notícias magazine # 729 - 02 Abril 2006

Ovelhas negras
(...) o cenário é desastroso, entre alunos que não passam de turistas nas aulas e professores para quem a educação parece uma mistura incoerente de irresponsabilidade e discursos sobre a falta de respeito, é dificil falar em culpa sem apontar dos lados. Mas só a um cabe ensinar.
Madalena Andrade (16 anos)


Pois... toda a razão!
... tirando um único pormenor... ninguém tem receitas mágicas!
Aprender é um continuo de ajustes...
... “mijinha no poste” a marcar barreiras que estarão continuamente a ser negociadas...
... é a aceitar e pedir desculpas quando não temos a solução!...
... é a humildade que põe a descoberto o mesmo patamar: aquele que ensina sabe aprender do aprendiz que de atento já ensina!

Eles (professores) tem sim o papel de instruir e partilhar conhecimento lógico, inteligível e racional! Mais: ética, companheirismo, respeito, verdade e sobretudo Tolerância deviam estar também no seu programa lectivo!
Ao alunos, além de aprender a treta massuda, dos testes periódicos, das cábulas amarfanhadas em bolsos e blusas, tem que ensinar os Srs. Profs. ... e acreditem eles estando motivados, terão muito mais para vos dar!

(hoje aprendi que o meu sobrinho já joga melhor ao "burro" que eu!
... fiquei feliz...)

Thursday, March 30, 2006

Livre... escolha!


Temos o livre arbítrio.
Para um lado ou para o outro a escolha é nossa. Os dois lados de uma folha de papel onde escrevemos, em traços mais ou menos firmes, a continuidade do ritmo cardíaco a que estamos presos... por um fio!

Temos sempre o livre arbítrio.
Não resta esperança... entre a vida ou a morte há a fronteira de um traço contínuo que marca o tempo que... raios partam!! ... é o passado do presente que permeia um futuro que passa, ligeirinho, a passageiro...


Temos mesmo livre arbítrio?
A imperfeição é o excesso que confirma a regra a que cada lado está sujeito!
Um é o reflexo dilatado e distorcido da imagem de si mesmo – a matéria e a antítese.
A verdade não é sequer ela mesma mudadas as perspectivas de reflexão!
O Lobo é cordeiro na altura de partilhar o Capuchinho com a alcateia de lobices – de lobinhos às velhices!

Que se lixe quem disse que temos livre arbítrio!
Agora entendo-o...
...tenho-lhe inveja!

Não do medo de cair...
...não do medo de “sair da casca”

e descobrir que posso carregar as mesmas imperfeições
jucusas que cada escolha trás...
...mas de manter-se em linha!

Monday, March 20, 2006

Porque o dia do pai... foi ontem...



(a carta, que por todo o orgulho e teimosia que dele herdei, não entreguei ao meu Pai...)

Vou pensar que és o Pai Natal!
Não porque queira prendas, no lato sentido consumista do infantil mal gozado!
Mas sim... porque quero pedir-te...

Que lembres das brincadeiras que passamos... de quando ainda bem pequena, na palma das tuas mãos, beeemmmmm esticadinha, quase ... quase tocava o tecto amarelecido da humidade triste que vestia de Inverno aquelas paredes.

Que caminhes, novamente ao meu lado, no caminho para casa d´Avó, e me partias pinhões, acabadinhos de apanhar no colo térreo do Pinheiro manso do Lugar de S. Lourenso.

Que me ralhes, quando tens razões! Como quando copiava canções da rádio local... bem por cima das tuas músicas predilectas dum country qualquer!

Quero pedir-te... que não sejas um pai normal!
Que não uses desse estatuto porque te é dado no momento em que nasci, mas apenas e só porque o conquistaste!

Que não te escondas por trás do trabalho fingindo fazer tudo em “nome do Filho” porque também (e quantas vezes!!!) se trata apenas de “em nome do Pai”...

... deixa que seja “pelo Espírito Santo”... pelos três que são unos: Pai, Mãe e Filhos!

Que tenhas Juízo! Isso sim! Que reconheças que esses cabelos brancos que te salpicam cara e carapinha, possam ser sobejamente sábios para dar e receber conhecimento, reconhecendo que o tempo é outro e que novas formas de “saber” são fruto do teu, mas também do meu esforço!

Quero pedir-te... que me aceites, no meu fel amargo, cópia do teu gene, altiva e orgulhosa.
Quero pedir-te... que me reconheças, desta feita, não mais como filha... mas como Pai (ou Mãe) pois há já muito que na realidade se inverteram os papéis...
E como um bom Pai que se preza, me preocupo...

Jinhos da Tua Filha mais nova...

Monday, March 13, 2006

Uma pintura


O cheiro é de mar... e rio... é ar poluído... é paixão... e carinho... e cigarro “cherry” enrolado e amarfanhado!

O tempo é denso... e curto... e urge... é frio... e quente... de ausente a todo o resto que te dá a sensação de que o tempo está a passar!

A luz é branca... e branda... e escura... da lua... do luar... do reflexo do rio a passar!


A pintura é singela.
*na tela de fundo (tela micro-perfurada, impressa a solventes, fixada por (...) * é que disto percebo eu!!!) recria-se o Passado
* no meu 1º plano cria-se um Futuro.

(fotografia inspirada na minha do pescador uns minutos antes, mas... esta é do John!!)
já agora -marginal de Gaia a vislumbrar a cidade do Porto

Sunday, March 05, 2006

O machismo é...

... é a depilação feita.
... é a barba desfeita.
Bigode aparado.
... é risco ao lado.
Corte à escovinha,
... é espreitar por baixo da saínha!

... é café com cheirinho.
... é por nada (mesmo nada!!!) falar baixinho!
(bem... a não ser ao decote
da secretária! Caso contrário...
... é alcunhado de fracote)

... é dizer não à razão
Sem deixar que esta
Possa ser um [nin] ou um [são]...

... é ser-se obtuso, ortogonal
Seco que nem cal.
... é esquecer-se que a geometria natural
É contraditória
É humana
É...
F(rágil)
R(ara)
A(nimal)
C(autelosa)
T(emerária)
A(ngulosa)
L(ânguida)

... é responder à pedrada
Sempre na altura mais errada.

... é ter medo do desconhecido
Que na verdade...
É só medo que esse, lhe seja reconhecido.

... é usar um tailler,
Calça de vinco,
Colete, ou
Gravata...
Que são farda de homem ou mulher

... é mandar um piropo, como se fosse um arroto!
... é confundir alimento, com aumento!
(carne – vaca – rapazinho – tesão...)
[ok... demasiado ousada... tive de explicar... acho que já me estou a esticar]

... é tentar conquistar o mundo
Com axila de cheiro imundo!

... é achar que sustenta a família sozinho!
... é não lembrar quem continuamente segura o ninho!

... é achar que o rico braço cabeludo
Só merece beijinho em pele de veludo!

... é ser-se deusa em religião vã
... é ser-se diminuída deitada num divã.

O machismo é...
(determinismo, no masculino, que tem a sua causa efeito no)
feminismo!

Wednesday, March 01, 2006

combate...

... ao machismo!
... pela mão de um senhor que acredita que a melhor forma de o fazer é... nada mais nada menos, que ridicularizar o machismo pela sua própria hipérbole - afinal, a vossa realidade é a projecção da imagem do espelho de distorção!

"Qual a medida ideal de uma mama?
A que encher a mão de um homem sensato!"

Oscar Maia

Estão abertas as secções de linchamento!
Quantos são? Quantos são?

II Hoje não há aliterações, metáforas, metamorfoses ou analogias

Continuo enjoada nesta caravela perdida sem ilha a bom... ou mau... ou a um porto qualquer onde possa pousar a cabeça que estala!
Não há consenso entre o “eu” de razão científica e intelectual, razão empírica e cultural, muito menos afectiva e moral!
Honestamente... é triste... mas estou perdida!
Vou, de tempos a tempos, mastigar o assunto e regurgitar digestões incompletas do que tanto me tem incomodado...

E sim... porque talvez não saiba viver de outra forma, irei à fonte, in loco, às crianças que me rodeiam (principalmente ao meu Xanoca) e aos pais que vou observando (principalmente... os meu pais e à minha irmã).


(afinal a minha heurística é o tempo que leva o meu volto redondo a fazer a panorâmica)

Preconceito – s. m.,
*conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério
*superstição;
*prejuízo;
*erro.

Pode uma criança, aos 6 anos de idade, perceber o conceito?
Pode. Talvez não o explique... mas sabe-o... compreende-o! E como defender-se dele...

O meu sobrinho vive connosco. Tem 6 anos de idade e tem pela avó (a avó dos Pipi) uma dedicação e estima que ultrapassa a do resto da família! Junta!!!

Situação 1 (porque, raios parta, tudo depende sempre de um contexto)
Tem outra avó (a avó do Muu). E um pai... emigrado... em processo de divórcio... e que não vê o filho desde Abril. (e para que não pareça desonesto... nada direi mais nada!!!) Tem um padrinho/ tio e uma madrinha/ prima. Nesta ala da família são assim,... como dizer... mais rígidos em alguns pormenores... menos... abertos... menos inocentes... (bem... e falando o que realmente acredito– mais machistas!!!).
No aniversário do Alexandre, a avó do Pipi, atendendo que o Xanoca tanto fala em “ter um mano” (como se isso saísse nos furas dos chocolates!!!) resolveu presenteá-lo com um bebé chorão!
Aquando a abertura das prendas, estando ambas as partes da família juntas, qual não é o espanto? Sabendo que para a Avó do Muu e para o Padrinho “os meninos não brincam com bonecas. Podem ficar larilas” (sim... isto é verídico!), o Alexandre surpreende tudo e todos com um bem vincado “isto não é para mim”! – pois é... mas nós já sabíamos o porquê... deixem as coisas acalmar!
Durante uma semana, o brinquedo estando à vista do Pequenote, representava uma tentação...
-todos os dias a mesma conversa!
“oh vozinha! Deixa brincar com o boneco!!! Deixa abrir!!”
-todos os dias a mesma resposta!
“agora só quando a avó quiser brincar!”

E sabem que mais? Quando finalmente as suas preces foram ouvidas, até já nome tinha: Francisco!!

(o que me parece é que o pequeno foi muito inteligente!)

Ora vejamos: a avó do Pipi era um problema para se resolver depois!
*a quem, com mais facilidade magoamos, porque é mais fácil de resolver ou porque sabemos que seremos perdoados? – aos mais próximos!
*quem será a “segunda escolha” se tivermos a oportunidade de fazer boa figura no “agora e já” perante outrem que nos convém ter perto o suficiente?- aos mais próximos!
*qual o Troiano que na Grécia não aperta a mão ao César, alegando em casa que era uma estratégia de infiltração para atentar a paz mais tarde? Aos mais próximos!

*O Alexandre conhecia bem a posição de todos os que o rodeavam e sabia bem que sofreria represálias por parte da Avó do Muu e do Padrinho- então, deu-lhes o que eles queriam... não sofreu qualquer repreenda e conquistou pontos de aproximação!

Fugiu do preconceito de uns, enganando-os (dando-lhes apenas o que sabia que eles queriam) e compensando os outros que, sabendo que os tem no tempo, lhes dará atenção e respeito!
Ele não tem a noção desta explicação... foi tudo tão rápido que ele, garanto, agiu de impulso. O que me preocupa é o que tudo isto significa: de futuro, que será ela capaz de fazer para permanecer nas boas graças dos outros? Será um fraco sem convicções que se moldará a “quem der mais”? Dará sempre o que os outros querem ver ou dará aquilo em que acredita?


Será um crime manipular-se os dados para tentar tirar partido do melhor de dois mundos?
Acredito que não... mas desconfio (muito) dos meios!

Thursday, February 23, 2006

Hoje não há aliterações, metáforas, metamorfoses ou analogias.

(tenho a cabeça em água! Um chover de perguntas sem conseguir orientar respostas coerentes que não se contradigam entre si...)

? o que é que aconteceu às crianças de hoje?
? o que é que aconteceu à educação e relação pais-filhos?
? se está mais próxima e afectuosa por que raio é que as crianças(inhas) andam a dar uma de dondocas até à hora de sair de casa, emancipadas no auge da idade de doutor académico mas sustentadas com mesadas chorudas dos bolsos dos pais (inhos) e ainda com empregada de cozinha pois nem um ovo estrelam?
? que anda a fazer o "super-proteccionismo" onde o menino não pode andar 100mts sozinho, mas quando se apanha mais espigadote (que hoje em dia parece que é lá entre os 10 e os 12 anos) se planeiam assaltos desde o café da esquina (ao rebuçado e ao tabaco) até ao tráfico e roubo à mão armada (de umas quantas gramas puríssimas que valem milhões)?
? desde quando é que nós nos esquecemos que a explicação inteligível de conceitos abstractos não é aplicável – é imitável!
? hoje estudasse até tão tarde e sem qualquer tipo de profissionalização. Porque é que cada vez mais se terminam com as escolas profissionais e se fomenta a cultura do “senhor doutor” porque se é um licenciado, sem qualquer experiência do “saber fazer” e imaturo no “saber pensar”?
? onde é que terminam as condicionantes ambientais (cultura social, económica, política e familiar) e começa a predisposição genética ou a apetência nata para uma directiva comportamental?
? nascemos Homo Sapiens Sapiens. Tazemos nos genes a agressividade da espécie que fez de um tudo para sobreviver. Continuamos em grande esforço para arranjarmos formas de nos distinguirmos dos restantes “animais”. Eles matam por genes e instinto de sobrevivência. Quando é que no nosso desenvolvimento surgem desvios pela destruição por prazer?
? a insensibilidade ao “outro” e a sua preservação íntegra como entidade começa quando? Quando a Barbie perde a cabeça e de nada se queixa; quando o carro de rally na PSP que se destrui mas continua navegável? Ou será que é quando o abuso, a permissão ao preconceito, o reconhecimento do poder sobre os pais, a falta de carácter e firmeza de sistema educativo pais- escola,... todos eles se mostram irresponsabilizados, deixando margem para um escalar de Impunidade!


Eu, com 6anos, cozinhava sopa para o almoço – meu e da minha mãe que viria a casa na sua pausa de meio-dia! Se não estivesse bem, por erro, aldrabice ou atraso meu, a dança era ao ritmo do chinelo!!!
Ia a pé para a escola, com o meu companheiro de medo, risota e correria – Alexandre Miguel! Os 3kms de caminho de permeio entre casa e escola, era entre esta e a outra floresta, fosse à chuva, sol, frio e calor, e com sorte de não ser a pé descalço (eu tinha umas botas)!
Trabalho infantil caseiro sempre tive!!! Queres”Batatas Fritas”? Então há que ir semeá-las! “Franguinho no Churrasco”? Há que criá-los e matá-los (sempre com a maior rapidez possível para que o animal não sofra)!
Dos 12 anos em diante, as férias eram a trabalhar fora de casa: com muito orgulho chegava ao final do Verão com calos nas mãos e sabedoria de um ofício na folha do Futuro!
Não tenho mazelas físicas ou mentais; não sou violenta nem descontrolada com outrem!! Aprendi que do céu, só mesmo a chuva é que cai – todo o resto tens que o merecer! E para isso, há que arregaçar as mangas e por mãos ao trabalho! E esta é a minha receita de Dignidade!

E isto tudo porque:
*passo todos os dias por uma escola primária. O ritual é o mesmo: atenção redobrada, nem tanto pela criança atrás de uma bola ou de um cãozinho... mas porque os pais não dão exemplos de civismo, mas sim de egoísmo! Não há respeito pelos outros! E as crianças aprendem por imitação...
*a primeira notícia da rádio de hoje: um grupo de adolescentes, entre os 15 e os 16 anos, mataram um travesti toxicodependente sem-abrigo. Método? Soco, pontapé e pedrada. Despedindo-se com “amanhã voltamos cá” durante 3 dias. Sucumbiu o desgraçado...
*muita criança recebe educação de princesa! Mas não valores! Justiça; Verdade; Perseverança; Responsabilidade; Abnegação; Partilha; Respeito!...

Tenho demasiadas perguntas e sinto-me com vergonha... não consigo dar respostas.
Está tudo baralhado entre a revolta, as nauseas e a minha responsabilidade que muita ou pouca, se calhar, é também alguma...

Sunday, February 19, 2006

“águas passadas...

...não movem moinhos”

Desta verdade não vou eu discorrer que de moinhos não reza esta história!!!
Mas... e do outro lado da questão?
Dos restos das águas passageiras... o depois da água que já passou... o após a seca chegar?
Disso não ouço eu falar...

Basta explanar um olhar e perceberemos pela disposição geográfica, particularmente linear de determinado tipo de vegetação, que nos quedamos junto a um rio, riacho ou ribeira. Serpenteando à sua volta, um infindável mundo habitado, do gigante salgueiro ao liliputeano escaravelho, subsiste e floresce.

Da fonte à foz, a desafogada água deixa a sua marca na paisagem.
Também assim se passa no disco das nossas recordações. Vai-se riscando, marcando, gravando, com mais ou menos relevo... mas deixando sempre marca...

Seja por sede da fonte, por desvio de corrente ou barramento temporário –não há mais água...
Mas o seu rastro está lá! Tudo o que a envolvia continua a contar a sua história!
A vegetação que terá sérias dificuldades em sobreviver; as margens, até agora escondidas por aldrabices ópticas, evidenciam-se agora numa amargura íngreme e árida; o leito do rio, que tantas vezes foi palco de fábulas poéticas, é agora exposto: essa água que dia-a-dia se enfeita de cor e vida, perfumada a nenúfares e jacintos, é faca de um só gume que descarnou tudo por onde passou...
Este leito nada tem de tranquilo, repousado ou refrescante: é áspero... agressivo... é ferida em carne viva que de tão rasgada à força jamais fechará...

E para isto... não há eufemismo nem na vida nem no coração.
“águas passadas não movem moinhos” mas os leitos são ferida que não sangra, mas não sara. São trilhos que (e como contam equilibristas de duas rodas!!!) se estás lá dentro, ao tentar sair... cais... ou pelo lodo, ainda fresco e viscoso, ou por tapete arenoso que se desfia a cada passo que dês... São como os verbos de acção na gramática inglesa, onde o passado é um continuing no presente, em que sem perspectivas que se finde por lá, fica mais uma vez – hoje... a tentar aprender a lição para que no futuro possa terminar a prova...
Só há uma solução! Sim!!! Optimismo!!! Afinal a Natureza é imitável engenheira que arranjará sempre solução!
... tempo...
... o vento derrubará montes e montanhas trazendo o uivo da mudança na voz dos arautos... a erosão limará margens... a vegetação tornar-se-á adaptável ou dará gradualmente origem a novas formas e mutações sobreviventes... o leito não só se camufla com também muda... Continuará leito... mas diferente: perderá o orgulho e altivez de quem, em continua resistência, geme sozinho... tornar-se-á brando... macio... e sereno... com o tempo!

Thursday, February 16, 2006

um vírus colorido

Gostaria que amanhã nascesse o mesmo Sol!
Que caísse o mesmo orvalho!
Que, se possível, fizesse shrink ao buraco do ozono...
Gostaria que não houvessem telejornais! Não porque não quisesse essas novidades, mas dessas verdades gostaria de me redimir...

Ser adulto não é aprender que cada acção tem consequências, mas sim, aceitar que só somos responsáveis por acolher ou escolher as consequências dos nossos actos.

Não posso mudar o mundo?
Porra!!! Não posso (em verdade – não quero!) aceitar isso! Sou uma Idealista!

Somos actores no mesmo palco, na mesma cena! Mas, se no teatro o actor tem como função a interpretação do seu papel em detrimento de uma representação, será que também o devemos ser num palco maior?
Representamos uma sociedade com um contexto, história, valores, tradição. Interpreto bem o meu papel?

Gostaria de mudar o mundo...

Lembro-me de um velho hábito já amplamente abandonado: a morte ao teatro!
Consistia em que, na última noite da temporada de uma peça, os actores, em palco e sem quaisquer preparação prévia, pregavam partidas uns aos outros! Coisas do género alterar textos, roubar deixas, insultar/ repreender companheiros e público, até mesmo destruição de cenários! (esta prática, por respeito ao espectador que só nessa altura teve oportunidade de assistir à peça, tornou-se obsoleta).
A verdade do acto tinha algum significado: através da morte da peça, faziam o luto da perda! Nunca mais será possível reunir as mesmas condições: os mesmos actores, a mesma forma de interpretação, os mesmos antecedentes, o mesmo público, o mesmo tom de maquilhagem, a mesma temperatura... aquela peça jamais será a mesma...

A física quântica tem como mote do seu paradigma filosófico a expressão “o bater das asas de uma borboleta, na Austrália, é um tornado, na América”.
Nada do que fazemos passa isento!
Posso então mudar o mundo? (sou pequenina... e não quero provocar furacões!!!)

Gostaria que não recebesse e-mails com torturas e violência... não porque não goste de ver nomes conhecidos na inbox ou que essas pessoas não sejam queridas e bem-vindas... mas porque, (além de não poder impedir que tais atrocidades aconteçam) é muito difícil ser espectador... indignar-me, tal como aquele que fez forward do horror, tem o trago amargo da expressão conformista do adulto “que mais posso eu fazer”...
Certamente... uma criança pintaria tudo de cor arco-íris!

Vou fazer morte ao teatro!
Que é o mesmo que dizer que se acreditar muito, talvez mais alguém ouça as vozes mudas da humanidade!
E talvez um dia, isso se torne um vírus de fácil contágio!

Monday, February 13, 2006

Alguém escreveu:


"[...]
resposta de fogo, se é que existe, como ousá-la se o interlocutor é terrível e impaciente e parece zombar e sabe balançar horizontal a cabeça - e os olhos fixos - à direita e à esquerda, a cabeça e o sorriso, enquanto aos lábios trêmulos as tuas palavras e as respostas medram medo e se afogam no soluço. O que te garante que e(E)le te acreditou? Recusarias: o alicate, a unha, o desterro e a tenaz?!"**


Não temos outro destino senão a personagem de nós mesmos. E quem se deixa enganar é o touro que acredita naquele pedaço de pano pra lá e pra cá, personagem a atacar. E ataca. Mas ali há apenas o "hipócrita", o actor, vestindo-se de mera empanada. Vermelha e real. Aos olhos do toiro, só dele, que espiamos mesmo é no toureiro. E no touro. E tome, meu novilho, bem no flanco, as banderillas! Quando, no máximo, uma chifrada na femoral. Bem certeira! [Secretos, cantamos por ti, ó touro real!]

    • (é disto que por aqui, lá muito de quando em vez, se verá!
      Sim...
      eu... roida de inveja por não ser dos meus dedos que sairam as verdades...
      deliciada... por no mais egoísta acto de plágio, dar a homenagem que me é possivel a tudo o que me apetecer!!!)

      quando me cansar... delete ao blog... e já está!