Saturday, May 13, 2006

a religião do eu

A fé é uma coisa estranha... “tenho fé que correrá tudo pelo melhor” parece uma despedida antecipada sempre crédula na incerteza de o ser! Um futuro carregado de ansiedade e dado como sólido e eminente. E porquê isto de acreditar no “quase”?

Os especialistas alegam existir uma zona da nossa massa encefálica predisposta à “fé” , bem no sentido mais religioso da questão: o acreditar em Deus(es) – Entidade(s) Superior(es) – Energia - ... (naquilo que quanto mais se refuta menos provado ou contrariado está) – (equilíbrio perfeito - a força da inércia e da gravidade alinhadas!)... todo não passa de um conjunto de “truques químicos” tipo enzimas (que é uma palavra muito gira!!!) que no fundo nos fazem (supostamente) ficar em “extase”, “atingir o Nirvana”, ou o que quiserem chamar a essa sensação no mínimo peculiar!Então... a fonte de fé, a origem: somos nós!!!

Bem!!! Isto é um oceano de responsabilidades!! Nada de psicologias, de sociologias, históricas, economias, políticas, (e afins) ... nada poderei explicar à luz destas disciplinas pois merecem-me todo o respeito (bem... talvez não as politiquices!) ... na verdade... nada tenho de novo ou inovador a revelar sobre esta religião. Cada um constroi a sua! Com mais ou menos introspecções!

No que vou observando é um arco-íris de contrastes.
Há quem tenha como muito sagrado o “não invocarás o Santo Nome de Deus em vão”e um “Ai Jesus” é resposta a toda a notícia.
Há quem bata no peito, sem pensar que é no “peito” da moça ao lado! É mesmo por consciência!
Há quem chore. Há quem ria. Há quem não fale. Há quem cante!
Há quem arraste montanhas... pois o cansaço que trazem nas pernas e nos pés será com certeza equivalente!

O crente é um ser superior! É um iluminado! Pois esse parece saber agradecer o que a vida lhe deu de bom, não se deixando desacreditar que pode sempre ser melhor!

O seu destino está traçado!