Thursday, October 10, 2019

Firenze

 O Assombro que me esperava.
Foi uma paixão!

Descobertas, que eram lembranças de tantas páginas calcorreadas como os km, à distância da pressa, das escadarias e do ritmo de museu.

 E Vislumbrei...
"Um Coliseum" disse eu, turista disléxica, atordoada.
Um Coliseu (o de Roma... "o Coliseu") deslocado de síntese e sintaxe, de forma e geografia, em tempo e verosimilhança.

Mas sim! As ruas estreitas vão desvendando o mármore branco, verde e rosa, imponente complexo monumental, infinitamente Mármore e não ilusão barroca.

E só tem o colectivo dos transeuntes, bem mais sabidos que eu, de idas e vindas, páginas e cultura, que Brunelleschi ali seria o engenheiro de PDM e Obras Públicas.
Mas os degraus são a mais, e a reserva foi impossível!

Mas era tudo "tão mais"!
Tão grande no pequeno, limpo no imediato de sujo, abafado... quente...
Mas Avassalador.


O Telemóvel "Kids" podia ter a melhor câmara fotográfica. 

As mãos e os olhos, a visão de quem sabe mais do que o que conta.
Mas nada. Nem pictograma, pixel, câmara, obturador... 
Nada poderia ser sinónimo das lágrimas que refrescaram o rubor da cara. 
"Aquele Cristo"!!! Ícone como carimbo tantas vezes repetido ali, e dali!
Bizantino... Dourado... Mosaico... Cúpula  de experimentação... 

Não importa! Nunca o esperei, senti, imaginei, concebi como imagem maior que os quadradinhos impressos, com tratamento photoshop.

Battisterio si San Giovanni.


Mas este "Símbolo", brasão 6 moedas, ou comprimidos (Médicis era o mesmo que médico - mas só de nome!) e o símbolo de Florença (e toda a Toscana) como parte de si.

Aqui, com uns "anginhos papudos" no Pallazzo Pitti, a brincar, mas popular em tudo quanto é esquina, praça, capela, rua...

Das Catedrais às fontes, palácios vários, pontes soberbas, influentes até nas outras famílias, pois afinal, muito gira, neste Mundo que gira, em torno do dinheiro.

Famílias, "Castas", que mesmo sem serem nobres, eram do povo, do banco, do Mundo (que era em si povoado à lei do Papado e Vaticano)

E Este famoso nada tem a esconder.
Tal como esta é a "foto da Praxe".

E quanta intriga e mal-dizer entre "o Génio" e o "Mestre" que se "apunhalavam" às claras até para interesse de todos, tem as medidas célebres do cânones, a magnificência do Mármore branco e a mão inigualável do "Mestre".

Está na Galleria dell'Academia, rodeado do quatrocento, duocento, ottocento, e mais uns cento que já passaram...



E como sempre... Sempre gostei mais dos "versos", ou "versus"...

Ou no corredor anterior, onde os corpos que saem da pedra que o Mestre não completou... como a Pietà di Palestrina que inclusive, adultera e muda, como se de um estrabismo sofresse e procurasse o que a pedra tivesse a mostrar... e que agora... até se duvida do original escultor...

Mas há outras...
!Pietá! de nós por ele que preciosas obras mestras fez!

Aqui termino, só porque "já testamentária abusiva aos aqui turistas", com mais uma obra, em mais um território "amestrado" pelos Médici, onde Rosso Fiorentino adoça o olhar com um pachorrento anginho, em jeito guitarrista de Rock, alegremente aborrecido de cansaço. Talvez ainda esperasse pela inovação do "gelato", ou apenas demasiado ingénuo para o degustar...