Filho é o certo e o errado, do que eu consigo ou não ensinar.
Filho é a luz que me desperta a noite, que em branco, da minha própria palidez, em preocupação vou passar em vigília.
É o escuro que tinge a alma, por assombro da dimensão de que é um "ser" Homo sapiens sapiens.
É a voz que clareia o meu timbre em melodias, ou em sino de Sereia desesperada de fúria ou solidão.
É o despertar de recantos da alma que em pedaços de si mesma, que se cola, rasga, cose e decora com o vislumbre dessa estrela "Constelação Filha".
É o desenho das estradas do meu mapa de vida, que se sobrepõem ou seguem paralelas mesmo que ache que a sua direcção é desviante - o meu lugar é "colada" seja para dar o colo do alento, seja do sofrimento em silêncio da derrota da minha pequenês.
Ter filhos é escolher um caminho, que se segue sem pausas nem paragens, e pouco é o tempo de contemplação.
Filho é o karma que escolhemos para vida. Com ele sem ele, parido ou acolhido, filho tem no colo o seu ninho, no nosso olhar a sua consciência, no desapego de "mim", a segurança que não estará mais sozinho.
Feliz Dia da Mãe
2018_05_06
