O coche segue a estrada, trepidante, em asfalto repelente - tormento de viajante assíduo entre, o verde espelhado de azul celeste, que, rumando a Norte, vai em busca do cinzento altivo ferrugento de betão.
O Servo respinga ao adivinhar a calçada áspera que tem como destino - uma estrada medíocre do século passado, batipzada de N203, tendo ainda, hoooooras de percalsos neste antro populacional da Ic1, onde o tudo tropeça entre carripanas de bagagens inúteis, apressadas por dois ponteiros, tontos, entre as zero e as doze.
O Servo respinga ao adivinhar a calçada áspera que tem como destino - uma estrada medíocre do século passado, batipzada de N203, tendo ainda, hoooooras de percalsos neste antro populacional da Ic1, onde o tudo tropeça entre carripanas de bagagens inúteis, apressadas por dois ponteiros, tontos, entre as zero e as doze.
“A Ponte é já ali ao pé. A Dama... não te preocupes... chegará a bom porto.” - diz Companheiro.
Servo não vai só. Leva consigo o seu sempre Companheiro - aquela presença omnisciente e omnis-ausente do resto do comum dos mortais.
Companheiro - que melhor nome para um amigo imaginário?
Num ritmo de papa-quilómetros, perdem-se nas vistas pelos antigos Produtos Estrela... agora são outros... São Berschkas, Tribos, Mangos e MacDonald’s, em esquina, num aglomerado de caixas, caixinhas, sacos e prendinhas, com asas, sem pegas, verdes, pretos, cores de rosa e cores da moda... onde tudo muda... até o lugar.
Servo pensa na sua Dama, a sua carga: um retrato de boneca fixado a uma meia dúzia de mega pixeis, pequeninos, pequeninos... invisíveis ao seu olho castanho cabeludo, peganhento de água salgada que escorre.
“Amarras-te bem a carga?” - pergunta Companheiro. “Uma coisa tão pequena que cabe na algibeira, só pode ser valiosa...”
Servo permanece tranquilo. Um beijo de teia fléxivel, com pontinhas de metal arqueado, agarradas tipo “Preguiça” aos [fuínhos nas paiedes] do coche, protegem o todo... de tudo...
Mas bem... nada de perder as estribeiras e tentando seguir o carril imaginário do eléctrico (ops!!) do metro, segue-se a estrada que não pára de correr......
e crescer......
alarga em lados......
e em comprido......
e em tempo......
que urge......
que já é tarde.
Servo não vai só. Leva consigo o seu sempre Companheiro - aquela presença omnisciente e omnis-ausente do resto do comum dos mortais.
Companheiro - que melhor nome para um amigo imaginário?
Num ritmo de papa-quilómetros, perdem-se nas vistas pelos antigos Produtos Estrela... agora são outros... São Berschkas, Tribos, Mangos e MacDonald’s, em esquina, num aglomerado de caixas, caixinhas, sacos e prendinhas, com asas, sem pegas, verdes, pretos, cores de rosa e cores da moda... onde tudo muda... até o lugar.
Servo pensa na sua Dama, a sua carga: um retrato de boneca fixado a uma meia dúzia de mega pixeis, pequeninos, pequeninos... invisíveis ao seu olho castanho cabeludo, peganhento de água salgada que escorre.
“Amarras-te bem a carga?” - pergunta Companheiro. “Uma coisa tão pequena que cabe na algibeira, só pode ser valiosa...”
Servo permanece tranquilo. Um beijo de teia fléxivel, com pontinhas de metal arqueado, agarradas tipo “Preguiça” aos [fuínhos nas paiedes] do coche, protegem o todo... de tudo...
Mas bem... nada de perder as estribeiras e tentando seguir o carril imaginário do eléctrico (ops!!) do metro, segue-se a estrada que não pára de correr......
e crescer......
alarga em lados......
e em comprido......
e em tempo......
que urge......
que já é tarde.
Um corvo anuncia o traçado até Ponte de Lima.
É tempo de mudar à direita (quem sabe... atraídos por cheiro a citrinos porosos amarelo avermelhados...).Mas de política não reza esta história. É pois em frente, que vem gente... de certeza. É tempo de parar e seguir à esquerda.
Daqui em diante será tudo mais verde... ou negro, dado o tardio da hora e do tempo solar, que nesta altura de folhas a tombar, é mais rarefeito... tal como o ar das alturas, no resultado das relações entre terra e mar, que começa a aumentar...
Até à Senhora Dona Teresa falta um pedacinho. Caminhos torcidos escavados em encostas serenas densamente povoadas, ora por nada, ora por pouco, ora por coisa nenhuma (pensamento néscio de quem acha que o nada, não é algo cheio... pelo menos, cheio do que lhe quizermos dar...).
A retorta continua...contínua... a ritmo de rotações médias lascivas ao chão caprichoso de sobe e desce pouco agressivo.
Afloramentos de betão ladeiam construções de pedras milenares que “se essas paredes falassem” cantariam cochichos intermináveis, de intriga tipo “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” que sem língua bífida, morre-nos a alma de fome.Acrescentariam missas decoradas sem compreensão de um latim ausente à sabedoria (não saloia, mas minhota!) do Zé Povinho nortenho.
Sussuros em cubículos de contrissão onde se recriam com mais ou menos ardor, ... ou amor,... ou temor,... gulas e luxúrias para profundo conhecimento do mal. Para julgar, é preciso conhecer. Assim se aprende em qualquer canto desta bola azul afogada em gazoso leite.
Mas do negro destas trevas que contam idades, algo brilha, inocentemente sozinha, nem que seja uma vela curvada de cera mole, acalentada pelo “cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo”, tal qual porteiro acolhedor, mas tímido, no ouvido da pequena capela de beira de estrada, que não sendo romana, tem do românico o estilo.
De Ponte final, nem sinal. Na estrada rude, o coche, dardo sanguínea metalizado, segue em direcção ao centro alvo.
A Chegada a Ponte de Lima é aguardada por D. Teresa, senhora que de geografia nada percebe e se ordena um caminho mais à esquerda, devem agradecer, “ámen, ámen” e seguir pela direita, onde a ladeira em granito paralelipipédico é recta em padrão ortogonal ascendente, perturbada por circulares estorvos que impoêm a forma de como os contornar. Tal cobaias em labirinto, ao caminho vamos aprendendo obedecendo, a fim de o repetirmos vezes e vezes sem conta... aqui, alí, mais além ou mais longe ainda... mas desta praga já não fugimos que deste mal vamos padecendo.
João Pestana acena de longe, embalado por monocórdicos tremeliques ao ritmo dos andamentos da calçada, amamentado por humidade esfumada de frio, que se entrenha por poros minúsculos e que incomoda os olhos.
“Então? Ainda falta muito?”
“Quanto tempo falta?”
“Já chegamos?”
“Estou com fome...”
“É já ali?”
“Ainda bem que já não falta. É tempo de pousar a trouxa e descansar o lombo” - reclama Companheiro, indignado pela indiferença recebida.
Quem disse que na imaginação, além do famoso fantástico mundo de fantasia, não reside também a rabigisse?
Se esta história fosse outra e Companheiro, um quadrúpede - zorraria; e Servo seria (ogre e) verde e a Dama uma ruiva anorética, que nos dias de hoje, como “mudam-se os tempos / mudam-se as vontades” se consideram princesas...
São gostos que supostamente se educam, e se assim continua ou terminam todos mirrados aos ossos ou alastrados ao chão tipo lapa, redondos de tanta gravidade...
Quer-se ser Fino em tudo!... e de finura em finura (do Fondue Française à magreza flagrante da destreza a encontrar facilidades de vómito),...
no fundo, no fundo,...
terminaremos todos finádos,...
e já nada há a fazer.
Finalmente... (ok, ok... #%*#?!#@ ... Eu paro com o efs...)
Um brasão esquecido de tão escondido que está do tempo, do lugar, se si mesmo, que só se lembra do bus que lhe pára, horário sim, horário sim senhor, deixa adivinhar a Ponte...
É tempo de mudar à direita (quem sabe... atraídos por cheiro a citrinos porosos amarelo avermelhados...).Mas de política não reza esta história. É pois em frente, que vem gente... de certeza. É tempo de parar e seguir à esquerda.
Daqui em diante será tudo mais verde... ou negro, dado o tardio da hora e do tempo solar, que nesta altura de folhas a tombar, é mais rarefeito... tal como o ar das alturas, no resultado das relações entre terra e mar, que começa a aumentar...
Até à Senhora Dona Teresa falta um pedacinho. Caminhos torcidos escavados em encostas serenas densamente povoadas, ora por nada, ora por pouco, ora por coisa nenhuma (pensamento néscio de quem acha que o nada, não é algo cheio... pelo menos, cheio do que lhe quizermos dar...).
A retorta continua...contínua... a ritmo de rotações médias lascivas ao chão caprichoso de sobe e desce pouco agressivo.
Afloramentos de betão ladeiam construções de pedras milenares que “se essas paredes falassem” cantariam cochichos intermináveis, de intriga tipo “o pão nosso de cada dia nos dai hoje” que sem língua bífida, morre-nos a alma de fome.Acrescentariam missas decoradas sem compreensão de um latim ausente à sabedoria (não saloia, mas minhota!) do Zé Povinho nortenho.
Sussuros em cubículos de contrissão onde se recriam com mais ou menos ardor, ... ou amor,... ou temor,... gulas e luxúrias para profundo conhecimento do mal. Para julgar, é preciso conhecer. Assim se aprende em qualquer canto desta bola azul afogada em gazoso leite.
Mas do negro destas trevas que contam idades, algo brilha, inocentemente sozinha, nem que seja uma vela curvada de cera mole, acalentada pelo “cordeiro de Deus que tiras o pecado do mundo”, tal qual porteiro acolhedor, mas tímido, no ouvido da pequena capela de beira de estrada, que não sendo romana, tem do românico o estilo.
De Ponte final, nem sinal. Na estrada rude, o coche, dardo sanguínea metalizado, segue em direcção ao centro alvo.
A Chegada a Ponte de Lima é aguardada por D. Teresa, senhora que de geografia nada percebe e se ordena um caminho mais à esquerda, devem agradecer, “ámen, ámen” e seguir pela direita, onde a ladeira em granito paralelipipédico é recta em padrão ortogonal ascendente, perturbada por circulares estorvos que impoêm a forma de como os contornar. Tal cobaias em labirinto, ao caminho vamos aprendendo obedecendo, a fim de o repetirmos vezes e vezes sem conta... aqui, alí, mais além ou mais longe ainda... mas desta praga já não fugimos que deste mal vamos padecendo.
João Pestana acena de longe, embalado por monocórdicos tremeliques ao ritmo dos andamentos da calçada, amamentado por humidade esfumada de frio, que se entrenha por poros minúsculos e que incomoda os olhos.
“Então? Ainda falta muito?”
“Quanto tempo falta?”
“Já chegamos?”
“Estou com fome...”
“É já ali?”
“Ainda bem que já não falta. É tempo de pousar a trouxa e descansar o lombo” - reclama Companheiro, indignado pela indiferença recebida.
Quem disse que na imaginação, além do famoso fantástico mundo de fantasia, não reside também a rabigisse?
Se esta história fosse outra e Companheiro, um quadrúpede - zorraria; e Servo seria (ogre e) verde e a Dama uma ruiva anorética, que nos dias de hoje, como “mudam-se os tempos / mudam-se as vontades” se consideram princesas...
São gostos que supostamente se educam, e se assim continua ou terminam todos mirrados aos ossos ou alastrados ao chão tipo lapa, redondos de tanta gravidade...
Quer-se ser Fino em tudo!... e de finura em finura (do Fondue Française à magreza flagrante da destreza a encontrar facilidades de vómito),...
no fundo, no fundo,...
terminaremos todos finádos,...
e já nada há a fazer.
Finalmente... (ok, ok... #%*#?!#@ ... Eu paro com o efs...)
Um brasão esquecido de tão escondido que está do tempo, do lugar, se si mesmo, que só se lembra do bus que lhe pára, horário sim, horário sim senhor, deixa adivinhar a Ponte...
A Ponte da Barca que passa o Lima em direcção a Arcos do [Vale do Vez] ...
Rumam direcção à feira, que já noitinha, não serão roubados de certeza. Sim, sim, que aqui roubasse às claras, de sol a pique e até nos avisam...
“São 45 Patacos pela Saia, Senhora” como se tivesse o contrabando a arrogância aristocrática da libra de ouro ou brilho a carbono stressado entre calor e peso.
Rumam direcção à feira, que já noitinha, não serão roubados de certeza. Sim, sim, que aqui roubasse às claras, de sol a pique e até nos avisam...
“São 45 Patacos pela Saia, Senhora” como se tivesse o contrabando a arrogância aristocrática da libra de ouro ou brilho a carbono stressado entre calor e peso.
Trepassada a Ponte, é na ladeira de espiral pouco complexo o seu destino...
A Casa da Calçada.Onde vão descobrir que TUDO, é simplesmente uma coisa pequena, com um quarto de dormir e casa-de-banho, uma cozinha incompleta, mas com o recheio que lhe quisermos dar... TUDO, é entregar, mas para fazer de novo, o retrato de uma boneca ao canto das escadas, que tem a roupagem tradicional de quem dançou rancho, sem ter rancheiro para tratar...
Companheiro já dorme e Servo quer dormir.
Afinal amanhã é outro dia e com, ou sem nuvens, o sol vai sempre estar ali... a brilhar.